AVM Advogados relembra iniciativa da entidade, que acolheu mais de 15 mil pessoas no maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul.
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou a maior tragédia climática de sua história. No dia 1º, foi decretado estado de calamidade pública em todo o estado, diante de um cenário que se agravava rapidamente: mais de 130 municípios já sofriam com alagamentos, mortes e desaparecimentos. Três dias depois, o nível do Guaíba atingia 4,77 metros, superando a marca histórica de 1941 – e continuaria subindo. No dia 5, chegou a 5,37 metros, no Cais Mauá, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil.
As chuvas, intensas e ininterruptas, transformaram ruas em rios e cidades inteiras em áreas inabitáveis. Ao todo, 478 dos 497 municípios gaúchos foram afetados. Cerca de 2,4 milhões de pessoas foram impactadas, 184 perderam a vida e quase 200 mil ficaram desalojadas ou desabrigadas. Foi um desastre sem precedentes, cujas cenas de destruição chocaram o país e o mundo.
Diante do caos, a resposta foi imediata – e, sobretudo, solidária. Uma das ações mais impactantes foi a criação da Cozinha Solidária no térreo da Casa dos Bancários, no centro de Porto Alegre. Em meio à falta de luz, água e estruturas funcionando, o SindBancários reativou a cozinha do prédio para oferecer refeições a quem mais precisava.
Ao longo de quase dois meses, a cozinha funcionou ininterruptamente graças à mobilização de cerca de 30 voluntários, entre dirigentes sindicais, funcionários e apoiadores externos e internos, incluindo a equipe do AVM Advogados e a Rede Lado, que se somaram ao esforço coletivo com doações e trabalho solidário. Nesse período, cerca de 15.900 pessoas foram beneficiadas. Mais do que refeições, foram entregues gestos de empatia e esperança, em um momento de total vulnerabilidade.
Passado um ano da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, o estado de calamidade pública foi superado, mas os desafios da reconstrução seguem presentes em muitas cidades e comunidades. A atuação da Cozinha Solidária permanece como símbolo de um tempo difícil, mas também de uma força coletiva que resiste. Acreditamos que a resiliência do povo gaúcho, forjada na solidariedade, continuará sendo essencial para reconstruir o que foi perdido e fortalecer o que nos une.
Fonte: Assessoria AVM Advogados com informações de SindBancários, G1 e Correio do Povo